Depois do aviso da Ucrânia, também os Estados Unidos alertam para o aumento dos ataques russos a alvos civis e governamentais nos próximos dias. A Ucrânia assinala esta quarta-feira o Dia da Independência, na mesma data em que se cumprem seis meses de guerra.
Na véspera do Dia da Independência, os ucranianos assinalam o Dia da Bandeira e, na manhã desta terça-feira, o presidente da Ucrânia fez questão de deixar uma promessa.
"Hoje, quero falar não só sobre o passado da nossa bandeira, mas sobre o seu futuro. A bandeira azul e amarela será hasteada novamente em casa, onde tem o direito de estar: em todas as cidades e vilas temporariamente ocupadas da Ucrânia", disse Vlodymyr Zelensky.
A data é assinalada com restrições e medidas adicionais de segurança um pouco por todo o país, devido ao receio de mais ataques numa semana simbólica na Ucrânia. Para além do Dia da Independência, amanhã passam também seis meses desde que a invasão russa começou.
Depois dos alertas das autoridades ucranianas, agora são os Estados Unidos que admitem a hipótese de mais ataques por estes dias, nomeadamente a infraestruturas civis e governamentais. A embaixada em Kiev pede mesmo aos norte-americanos ainda na Ucrânia para abandonarem o país imediatamente.
Um dos focos de maior tensão continua a ser a central nuclear de Zaporijia. A Rússia e a Ucrânia acusam-se mutuamente de bombardear a zona que rodeia o edifício situado em Enerhodar, cidade controlada pelas forças leais a Moscovo. A população descreve ataques constantes.
A Rússia pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação na central e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, já admitiu que o risco nuclear atingiu o ponto mais alto em décadas.