O Kremlin afirma que, neste momento, não existem bases para realizar uma reunião entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky. Dmitru Peskov, porta-voz do Governo russo, afirma que para tal acontecer é preciso que ambos os lados “façam o trabalho de casa”.
A afirmação de Moscovo surge na sequência da oferta do Presidente turco, Tayyip Erdogan, para ser intermediário das negociações de paz. Há vários meses que as negociações de paz estão paradas. Ambos os lados do conflito acusam o outro de falta de progresso.
Peskov culpa a delegação ucraniana de não haver negociações de paz, afirmando que esta “saiu do radar”. Quando à possibilidade dos dois Presidentes se encontrarem, o porta-voz do Kremlin afirma que “só é possível depois de todo o trabalho de casa ter sido feito pelas delegações”.
“Isto está a faltar, então não há pré-requisitos necessários para o encontro”, remata.
Volodymyr Zelensky tem vindo a pedir, desde o início da invasão russa da Ucrânia, um encontro direto com o Presidente russo para acabar com a guerra. Este pedido já foi recusado por várias vezes por parte de Moscovo.
Medvedev diz que a Rússia "irá alcançar paz nos seus próprios termos"
Dmitry Medvedev, ex-Presidente da Rússia e um dos mais próximos aliados de Vladimir Putin, disse, esta segunda-feira, que Moscovo irá alcançar os seus objetivos na Ucrânia “nos seus próprios termos”. Medvedev deixou ainda um aviso ao ocidente, que acusa de querer “destruir a Rússia”.
“A Rússia está a conduzir uma operação militar especial na Ucrânia e irá alcançar paz nos seus próprios termos”, disse numa entrevista à agência de notícias russa TASS.
O antigo Presidente afirma que a guerra na Geórgia, em 2008, o aumento da aliança militar da NATO e o conflito na Ucrânia são tentativas dos Estados Unidos e dos aliados de destruírem a Rússia.
“O objetivo é o mesmo: destruir a Rússia”, afirmou ainda na entrevista.