Esta quinta-feira em Kiev está marcada uma manifestação em defesa dos prisioneiros do batalhão Azov. As famílias acreditam que estão a ser torturados, como relatam os enviados da SIC.
Os prisioneiros do batalhão de Azov foram os últimos a render-se em Mariupol, o grupo resistiu durante semanas às investidas russas mas acabou por ceder. Após a rendição vários militares capturados foram transportados para a prisão de Olenivka, em Donetsk, prisão essa que foi bombardeada no mês passado matando assim, dezenas de reclusos, inclusive os militares do batalhão que ali estavam encarcerados.
As famílias dos prisioneiros de guerra garantem que os reclusos não estavam a ser tratados com dignidade, e estavam a ser torturados e mal tratados. Os familiares das vítimas apontam o dedo à Rússia, e acusam o país de ter destruído o edifício de maneira a apagar os vestígios dos maus tratos que exerciam sobre os militares capturados.
Desse modo, as famílias das vítimas, que já tinham constituído uma associação, marcaram uma manifestação para esta quinta-feira de modo a alertar a comunidade internacional para o sucedido. Esta associação também acusa as Nações Unidas e a Cruz Vermelha de "fecharem os olhos" aos abusos russos para com os prisioneiros, depois destas entidades terem garantido que todos os militares capturados seriam tratados devidamente consoante o estatuto de prisioneiros de guerra.