Os enviados da SIC à Ucrânia, Bruno de Castro Ferreira e Rafael Homem, explicam que os familiares dos militares que estiveram no complexo industrial de Azovstal não sabem do paradeiro e não têm informações destas pessoas.
“Estas mulheres queixam-se de não saberem nada dos maridos, dos filhos ou dos irmãos […]. Dizem que desde que estes homens saíram do complexo siderúrgico, em Mariupol, que mais nada souberam deles”, explica o jornalista.
A única certeza que os familiares têm é a de que os combatentes da Azovstal “estão em território controlado pelos russos”.
“Mas nesta altura, por exemplo, já nem sequer sabem em que cidade é que estão, não sabem em que condições de saúde é que estão”, diz Bruno de Castro Ferreira.
O repórter da SIC explica também que foi criada uma organização.
“Estas mulheres estão preocupadas, não querem que o assunto caia no esquecimento. Dizem que estes homens foram considerados heróis na Ucrânia e que agora estão a cair no esquecimento e para evitar que isso aconteça, criaram hoje [segunda-feira] uma organização, chama-se “Mulheres de Aço”, referência à Azovstal, complexo siderúrgico onde estes homens aguentaram durante 82 dias”, conclui.
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