As forças russas já dispararam mais de 2.000 mísseis desde o início da invasão da Ucrânia, a maioria contra infraestruturas civis e sem benefício militar estratégico, referiu esta quarta-feira o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Para o chefe de Estado ucraniano, os 2.000 mísseis já disparados pela Rússia são uma grande parte do seu arsenal militar.
Esta quarta-feira, os mísseis russos atingiram as cidades de Mikolaiv e Dnipro, no sul da Ucrânia, salientou Zelensky no seu discurso noturno por vídeo.
Volodymyr Zelensky abordou também as alegações da Rússia de que terá implementado uma nova geração de armas a laser na Ucrânia, referindo que esta estratégia reflete o desejo de Moscovo em encontrar uma alternativa para os mísseis.
Um alto funcionário da Defesa dos Estados Unidos referiu esta quarta-feira que Washington não tem informações que corroborem as alegações da Rússia de que usou armas a laser na Ucrânia.
O Presidente ucraniano manifestou ainda a intenção em recuperar o controlo sobre as cidades do sul de Kherson, Melitopol, Berdyansk, Enerhodar e Mariupol, agora ocupadas pelas forças russas.
“Todas as nossas cidades e comunidades sob ocupação, sob ocupação temporária, devem saber que a Ucrânia as vai recuperar”, assegurou Zelensky.
A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 85.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas – cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.