Guerra Rússia-Ucrânia

Número dois do Vaticano diz que dar armas à Ucrânia é legítimo mas com condições

“Existe o direito à defesa armada em caso de agressão no contexto de uma ‘guerra justa'”, justifica o cardeal Pietro Parolin.

O número dois do Vaticano disse hoje que fornecer armas à Ucrânia para ajudar a defender-se contra a agressão russa é “moralmente legítimo” sob certas condições, citando o ensinamento da Igreja Católica sobre “guerra justa”.

O secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, falava aos jornalistas à margem de uma conferência em Roma, enquanto o tema do fornecimento de armas a Kiev foi discutido numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 na Alemanha.

“Existe o direito à defesa armada em caso de agressão”, disse Parolin em resposta a uma pergunta sobre os países que enviam armas para a Ucrânia.

Parolin explicou que o direito foi consagrado no Catecismo da Igreja Católica Romana sob certas condições.

“Acima de tudo [a condição] de proporcionalidade, e que a resposta não produza danos maiores do que os causados pela agressão. Isso no contexto de uma ‘guerra justa'”, disse Parolin.

“Eu diria que a questão do envio de armas [para a Ucrânia] pode ser colocada neste âmbito”, disse.

Papa fala de “atrocidades” e “agressão injusta” na Ucrânia

O Papa Francisco, embora tenha usado termos como “atrocidades”, “agressão injusta” e falado do sofrimento dos ucranianos que “defendem a sua terra”, até agora absteve-se de rotular o conflito na Ucrânia como uma guerra justa.

Apelou ao fim de todas as guerras e questionou se qualquer conflito pode ser totalmente justo.

UE apela a maior isolamento da Rússia e reforça ajuda militar à Ucrânia em 500 M€

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 iniciaram, na quinta-feira, uma reunião de três dias em Schloss Weissenhaus, na costa do Mar Báltico, na Alemanha, país que ocupa atualmente a presidência anual rotativa do grupo.

Além da Alemanha, o G7 integra Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, com a UE a participar também nas reuniões do grupo.

Em declarações à entrada da reunião do grupo do G7, Josep Borrell salientou que chega a esta reunião com o anúncio de “uma nova quantia de 500 milhões de euros para ajuda militar”, de um total “de cerca de dois milhões” já disponibilizados pelo bloco comunitário à Ucrânia.

O Alto Representante da UE para a Política Externa afirmou que estes 500 milhões de euros “serão atribuídos para armas pesadas”.

ESPECIAL CONFLITO NA UCRÂNIA

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