Um dos comandantes do controverso Batalhão de Azov, que permanece no complexo siderúrgico de Azovstal, lançou críticas à liderança ucraniana. O militar diz que Kiev falhou na defesa de Mariupol e que abandonou os últimos resistentes.
Ainda que o número exato seja difícil de confirmar, estima-se que estejam perto de 2.000 ucranianos permaneçam cercados no complexo industrial de Azovstal. A esmagadora maioria pertence ao Batalhão de Azov, a milícia paramilitar nacionalista com ligações a grupos neonazis que foi formada em 2014 para combater os separatistas do Donbass.
O vice-comandante Sviatoslav Palamar diz que Kiev falhou na defesa de Mariupol e que a rendição não é uma opção. Pede que os feridos sejam retirados do complexo industrial em segurança. O batalhão continua cercado e vigiado por forças leais a Moscovo.
Numa altura em que as forças russas se preparam para assumir o total controlo da cidade, alguns habitantes, que ficaram entre as ruínas de Mariupol, continuam a tentar sair.
Esta segunda-feira, o que resta da cidade portuária, alvo de bombardeamentos e combates há dois meses e meio, pode vir a ser palco dos festejos do Dia da Vitória – o mais importante feriado russo.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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