A Ucrânia disse esta segunda-feira que as Nações Unidas deviam intervir para supervisionar uma rota para retirar os civis do complexo metalúrgico Azovstal, o último reduto das tropas ucranianas na cidade portuária sitiada de Mariupol.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, escreveu numa mensagem no Telegram que o anúncio russo de um “corredor humanitário” para acontecer esta segunda-feira não foi acordado com a Ucrânia.
Vereshchuk referiu que a Ucrânia não considera a rota segura por essa razão e por isso o cessar-fogo não aconteceu, e acrescentou que a Rússia já tinha violado acordos em rotas de evacuação semelhantes.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, deverá visitar a Rússia e a Ucrânia esta semana.
Vereshchuk apelou a Guterres para ser o “iniciador e garante” de um corredor humanitário para fora de Azovstal e pediu que o pessoal das Nações Unidas e do Comité Internacional da Cruz Vermelha acompanhem as pessoas que sejam retiradas do local.
Segundo as autoridades ucranianas há mais de 1.000 civis no complexo, ao lado dos combatentes ucranianos que defendem o local dos ataques russos.
O Governo ucraniano disse esta segunda-feira que, ao contrário do anunciado pelos militares russos, não houve um cessar-fogo para permitir a retirada de civis do complexo metalúrgico Azovstal.
“Declaro oficialmente e publicamente que, infelizmente, não há acordo sobre um corredor humanitário a partir de Azovstal hoje”, escreveu a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk no Telegram, pouco depois de a Rússia anunciar que iria cessar as hostilidades para permitir a saída dos civis.
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