O ultimato russo para a rendição dos combatentes em Mariupol foi ignorado. Os ucranianos asseguram que vão lutar até ao fim. Esta segunda-feira, a ofensiva russa intensificou-se para garantir que um dos principais objetivos estratégico é alcançado.
Depois da humilhação com o naufrágio do navio “Moskva”, a conquista de Mariupol tornou-se também um “troféu” para as forças russas. Com os sucessivos ataques, a cidade desapareceu.
As forças russas dizem ter conquistado, este domingo, o porto da cidade, mas o Estado-Maior da Ucrânia nega essa informação. Os analistas militares norte-americanos acreditam que a principal bolsa de resistência ucraniana está reduzida ao complexo metalúrgico Azovstal.
Os soldados estarão encurralados e sem reabastecimento de munições ou comida. Só uma reviravolta poderá inverter o fim anunciado, depois da recusa em depor armas.
O regimento de Azoz, integrado na Guarda Nacional da Ucrânia, divulgou imagens de uma alegada contraofensiva, realizada esta segunda-feira.
A cidade de Mariupol é agora um cenário apocalíptico, onde ainda permanecem milhares de civis. As forças russas e da autoproclamada República de Donetsk procederam à evacuação de alguns bairros, mas também montaram postos de fiscalização para controlar entrada e saídas de Mariupol.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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