Moscovo ameaça colocar armas nucleares no mar Báltico se a Suécia e a Finlândia aderirem à NATO. O antigo Presidente russo Dmitri Medvedev diz que, caso isso aconteça, os dois países passam a ser encarados como inimigos da Rússia.
O assunto tem sido falado em múltiplas reuniões e há quem diga que a adesão dos dois países ao Tratado Atlântico Norte pode acontecer ainda este ano.
A reação da Rússia não tardou a chegar. Primeiro, Medvedev disse que a entrada dos dois países “não faz muita diferença”, mas deixou uma ameaça: “Ninguém quer ter armas nucleares a um braço de distância”. Ou seja, acabam as negociações para a desnuclearização do mar Báltico.
A Lituânia disse, mesmo antes do início da guerra na Ucrânia, que a Rússia tinha reforçado o armamento no exclave russo do Kaliningrado, que fica entre a Lituânia e a Polónia. Esta região pode ser usada pela Rússia para intimidar o ocidente.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a insistir no bloqueio total da Europa à energia produzida na Rússia. Agradeceu também o apoio de 800 milhões de dólares (735 milhões de euros) em armamento que os Estados Unidos vão enviar.
As Nações Unidas têm-se esforçado para tentar mudar o rumo das coisas, mas sem sucesso. Aguardam que a Rússia aceite as propostas que fizeram para retirar pessoas de cidades bombardeadas e fazer chegar comida e medicamentos a locais que estão isolados há semanas.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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