A autarquia de Mariupol receia que o número de mortos na cidade chegue aos 35 mil nos próximos dias. Moscovo anunciou a rendição de mais de 1.300 soldados ucranianos na cidade portuária, mas a Ucrânia desmente que a cidade tenha caído nas mãos dos russos.
As imagens recentes que foram divulgadas pelo Departamento de Defesa da autoproclamada República Popular de Donetsk mostram, segundo Moscovo, a rendição de 300 fuzileiros ucranianos em Mariupol.
Também na quarta-feira, a televisão estatal russa emitiu imagens de soldados com farda militar ucraniana a transportar feridos com uma bandeira branca, no que aparenta ser um sinal de rendição.
A Rússia diz que, entre quarta e quinta-feira, se renderam 1.350 fuzileiros. A Ucrânia nega estas alegações e garante que a cidade de Mariupol continua a resistir ao cerco das tropas russas. Os combates têm intensificado nos últimos dias em todo o território da cidade, exceto numa fábrica siderúrgica e numa parte do porto – os dois locais onde estará o polémico batalhão Azov.
Ao fim de um mês e meio debaixo de fogo, a autarquia de Mariupol teme uma escalada do número de baixas na cidade. Receiam que o número de mortos possa chegar aos 35 mil nos próximos dias.
O Governo ucraniano anunciou esta quinta-feira a abertura de nove corredores humanitários – um deles que permite a retirada de civis de Mariupol. No dia anterior, os corredores fora suspensos por alegadas violações russas do cessar-fogo.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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