O maior navio de guerra russo, Moskva, foi abatido esta quinta-feira, no mar Negro. Segundo a Administração Regional de Odessa, o navio, com 500 tripulantes a bordo, foi atingido por um míssil Neptuno, disparado de Odessa. Contudo, Moscovo afasta a possibilidade de ataque ucraniano e defende que se tratou de um incidente a bordo.
O major-general Vítor Rodrigues Viana considera que se os mísseis russos, que se encontravam na embarcação, “não estivessem intactos, teria havido detonações visíveis a longa distância”.
Para além disso, a existência de um incêndio a bordo “constitui grande fonte de preocupação, porque pode afetar sistemas cruciais do navio”, acrescenta o major-general.
Caso se confirme ação ucraniana, será um ataque “com contornos espetaculares”, na ótica do especialista dos assuntos internacionais, Alexandre Guerra.
Não demonstra apenas a “capacidade de resistência”, mas também “a criatividade na forma como [os ucranianos] estão a utilizar os seus meios, que são reduzidos”, indica Alexandre Guerra.
A Rússia admite um incêndio, que deflagrou após a explosão de munições, mas quanto aos motivos dessa explosão, não deu qualquer explicação.
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