Mais dois países anunciaram a expulsão de diplomatas russos, tendo o Japão ordenado esta sexta-feira a saída de oito representantes da Rússia como protesto pela morte de civis na Ucrânia e o Montenegro afastado quatro diplomatas acusados de atividades subversivas.
Para o Japão, a morte de muitos civis na Ucrânia é “absolutamente inaceitável” e as ações de Moscovo “constituem violações do direito internacional”.
Por isso, “como resultado de uma avaliação abrangente feita pelo nosso país, pedimos a expulsão de oito diplomatas da embaixada da Rússia no Japão e funcionários da representação comercial da Federação Russa”, anunciou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês, Hikariko Ono.
“Violaram as normas diplomáticas”
Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Montenegro anunciou, na quinta-feira à noite, ter decidido expulsar quatro diplomatas russos, alegando que “violaram as normas diplomáticas”.
Segundo o ministério de Montenegro, os diplomatas russos têm uma semana para deixar o país e juntarem-se a um outro diplomata russo expulso anteriormente, logo após o início da invasão russa da Ucrânia.
De acordo com o diário Pobjeda, que cita uma fonte governamental, os diplomatas têm ordem de expulsão por se terem envolvido em “atividades subversivas” e “terem cruzado uma linha vermelha”.
Muitos países europeus, como França, Alemanha, Itália, Espanha, Eslovénia, Áustria, Grécia e Portugal, assim como os Estados Unidos, anunciaram nos últimos dias a expulsão de centenas de diplomatas e funcionários russos dos respetivos territórios na sequência da invasão da Ucrânia.
Veja também
Saiba mais:
- Guerra na Ucrânia: tropas russas saíram do norte, mas ataques prosseguem a leste
- elo menos 30 mortos e 100 feridos em ataque russo a estação de comboios no leste da Ucrânia
- Forças russas retiraram-se do norte da Ucrânia
- Odessa denuncia ataque de mísseis disparados do mar
- Encontrados 26 corpos nos escombros de dois edifícios residenciais em Borodyanka
- Eurodeputado diz que sanções são “ridículas” e não vão funcionar com Putin
- Rússia insiste que Ucrânia está a encenar imagens e admite “perda significativa de tropas”