Guerra Rússia-Ucrânia

Presidente do município de Kiev pede a habitantes que adiem regresso a casa

Klitschko alertou que ainda existem muitas minas ativas deixadas pelas forças russas.

O presidente do município de Kiev, Vitali Klitschko, pediu esta segunda-feira aos habitantes que deixaram a cidade para que apenas regressem quando a situação estiver estabilizada, alertando que ainda existem muitas minas ativas deixadas pelas forças russas.

“Adie o seu regresso por uns dias, se puder fazê-lo”, aconselhou Klitschko numa mensagem citada no portal digital de notícias ucraniano Pravda.

O edil indicou que apesar das boas defesas aéreas da capital, não podem ser excluídos ataques de mísseis sobre Kiev.

No domingo, Klitschko definiu como “genocídio” as alegadas mortes de centenas de civis ocorridas na localidade de Bucha e noutras zonas, atribuídas às forças russas. Moscovo desmentiu de forma categórica as alegações e referiu-se a uma “provocação” das autoridades ucranianas.

O Presidente Volodymyr Zelensky visitou hoje Bucha e pediu aos ‘media’ presentes para documentarem as “atrocidades” que assegurou terem sido cometidas pelas tropas russas no decurso da sua aproximação à capital.

“É muito importante que esteja aqui a imprensa, os jornalistas internacionais. Temos que poder mostrar ao mundo o que aconteceu aqui, o que fizeram as forças russas”, afirmou Zelensky, em declarações reproduzidas pela página digital Ukrinform.

“Faremos com que os responsáveis sejam castigados. Todos os dias encontramos casos como estes, isto é um genocídio”, acrescentou Zelensky.

Os serviços de informações ucranianos difundiram hoje na sua página digital os dados pessoais de 1.6000 soldados russos, incluindo nome, apelido, data de nascimento e posto militar, que terão integrado as tropas que se mantiveram durante semanas em Bucha.

A lista corresponde aos membros da 64ª Brigada Independente Motorizada do exército russo, que estaria envolvida na alegada matança de civis nessa cidade.

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