Ao 17.º dia de invasão, Zelensky garante que tropas russas estão a sofrer “grandes perdas”

O Presidente da Ucrânia deixa, porém, duas exigências à Rússia, uma das quais a libertação do autarca ucraniano, que foi sequestrado.

O Presidente da Ucrânia voltou a recorrer às redes sociais para falar aos país, para falar ao mundo. No vídeo que partilhou este sábado, Zelensky reitera que “esta é uma guerra pela nossa independência” e garante que as tropas russas estão a sofrer “grandes perdas” no terreno, dando conta de 31 batalhões que se renderam.

Depois de, em declarações citadas pela agência Reuters, ter exigido a “libertação imediata” do autarca de Melitopol, sequestrado esta sexta-feira por tropas russas, Volodymyr Zelensky publicou, nas redes sociais, uma nova declaração em vídeo na qual pede ao povo ucraniano “para dar tudo o que for necessário pela nossa defesa”.

“Esta é uma guerra civil, uma guerra pública, uma guerra pela nossa independência“, afirma.

Ao 17.º dia de invasão, Zelensky garante que as tropas russas estão a sofrer “grandes perdas, as maiores em décadas”, dando conta de que 31 grupos táticos de batalhões russos renderam-se.

“As perdas das tropas russas são colossais. A dinâmica das perdas dos invasores no 17.º dia já é tal que podemos dizer com confiança: Este é o maior golpe para o exército russo em décadas. Eles nunca tiveram tantas perdas em tantos dias”, disse Zelensky.

Na mensagem vídeo, acrescenta que “as perdas dos invasores em capacidades técnicas são simplesmente impressionantes”.

“Mais de 360 tanques. Um total de 1.205 veículos blindados. (…) Já cerca de 60 aeronaves. Mais de 80 helicópteros. Centenas e centenas de unidades de outros equipamentos. Em particular, os ‘designs’ mais modernos dos quais a Rússia se orgulha”,especificou.

Quanto aos corredores humanitários, Zelensky garante que “a Ucrânia está a cumpri-los” e pede que a Rússia faça o mesmo, nomeadamente em Mariupol, de onde esta manhã chegam relatos de novos bombardeamentos.

Citado pelo Reuters, o Presidente ucraniano refere ainda que prosseguem as conversações com a Comissão Europeia para a integração da Ucrânia na União Europeia (UE), e diz esperar um novo pacote de sanções contra a Rússia.

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