2,2 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia por causa da guerra. A ONU diz que, nas próximas semanas poderão ser mais de quatro milhões.
A Polónia continua a ser o país que acolhe mais refugiados e aquele que mais precisa, neste momento, da solidariedade do resto do mundo para poder receber, e apoiar, todas estas pessoas.
Já começaram as ligações diretas, por comboio, de Medyka, localizada na fronteira com a Ucrânia, para Cracóvia, no sul da Polónia.
Uma viagem de seis horas que vai permitir escoar, mais rapidamente, os refugiados que se acumulam junto aos postos fronteiriços.
Às primeiras horas da madrugada, mais de 400 mulheres e crianças entraram nas carruagens para mais uma etapa, de um longo percurso, cheio de incertezas.
Mais de 2,2 milhões de pessoas já passaram pela fronteira ucraniana. A maior parte fugiu para a Polónia.
O alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados visitou as principais zonas fronteiriças, e teve encontros com membros dos governos dos países que mais refugiados têm recebido.
O Governo polaco aprovou um fundo de mais de 1.5 milhões de euros para o esforço de acolhimento dos refugiados. Dar-lhes casa, comida, emprego, acesso aos serviços de saúde e à educação.
Cada família polaca que se dispuser a acolher refugiados receberá 250 euros por mês de ajuda estatal.
Mas a história deste êxodo é feita das histórias de cada uma destas pessoas que fogem e das histórias dos milhares de voluntários que as estão a ajudar.
Como Alice, uma jovem de 30 anos, russa, que vive na Califórnia desde a adolescência e que decidiu largar tudo, fazer quase 10 mil quilómetros, e ir juntar-se a uma associação que apoia refugiados na fronteira com a Hungria.
Muitos dos que chegam à Hungria, não falam inglês, nem percebem hungaro, e Alice, por ser russa, ajuda-os com os obstáculos da língua que, apenas um dos muitos que os refugiados encontram nesta fuga da guerra.