Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia: invasão russa “terá alto preço humano e económico”

Declaração é do diretor administrativo associado da Moody’s.

O diretor administrativo associado da Moody’s Investors Service Dietmar Hornung, Dietmar Hornung, afirma que a invasão da Ucrânia “terá um alto preço humano e económico” e que as sanções vão pesar sobre o já baixo potencial de crescimento económico da Rússia.

“A incursão militar da Rússia na Ucrânia terá um alto preço humano e económico”, defende Dietmar Hornung, em resposta escrita à Lusa.

O responsável da Moody’s salienta também que as sanções adicionais e mais severas à Rússia “pesarão ainda mais” sobre o já baixo potencial de crescimento económico do país liderado por Vladimir Putin.

Uma guerra com dois cenários

Na quinta-feira, a Moody’s Analytics promoveu um “webinar” sobre o conflito Rússia-Ucrânia e o impacto na economia global, onde perspetivou dois cenários possíveis: um em que o conflito tem uma resolução rápida (probabilidade de 55%) e outro em que se prolonga no tempo (probabilidade de 30%).

Em ambos os casos, a Moody’s Analytics prevê pressões nos preços nos mercados de gás europeus, o que irá impulsionar a subida da inflação na zona euro, no entanto, quanto mais duradouro o conflito, mais tarde se iniciará a sua estabilização, que, com reservas, estima que possa começar a descer no final deste ano.

No caso de um cenário de conflito longo, a Moody’s Analytics prevê que a inflação na zona euro só comece a descer em 2023, com a queda dos preços da energia.

Volatilidade económica russa impressionante

Relativamente à Rússia, a economista da Moody’s Analytics Olga Kuranova aponta que, “dados os cenários divergentes de guerra e sanções crescentes do Ocidente, a nação está a enfrentar uma volatilidade económica impressionante”.

A economista realça que a Rússia é o terceiro maior país produtor de petróleo e o segundo maior de gás natural e, tendo em conta que os preços daquelas matérias-primas dispararam, o aumento das receitas poderá compensar parcialmente um embargo às exportações.

“No entanto, a maré está a mudar para a dependência da Europa da energia russa, e isso pode ter consequências de longo prazo para a nação”, acrescenta Olga Kuranova.

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