Guerra Rússia-Ucrânia

Embaixadora ucraniana em Portugal diz que “Putin é o Hitler deste século”

Inna Ohnivez considera que o presidente russo está a repetia “a história do Fascismo”.

A SIC Notícias conversou com a embaixadora da Ucrânia em Portugal, no dia em que a invasão russa chegou a Kiev. Inna Ohnivez manifesta-se muito preocupada com o controlo russo da central nuclear de Chernobyl e não hesitou em afirmar que o Presidente russo, Vladimir Putin, “é o Hitler deste século”.

Temos informações alarmantes sobre o excesso de radiação na aréa da central nuclear de Chernobyl, como sabemos que as forças militares russas ocuparam o território desta zona e por isso a Ucrânia perdeu o controlo desta central“, disse a embaixadora, acrescentando que operadores desta central foram feitos reféns perante a invasão russa.

Questionada sobre os risco desta situação, Inna Ohnivez avisou que “pode causar problemas muito graves não só para a Ucrânia mas para todo o continente europeu”, lembrando a explosão que ocorreu em 1986 e que resultou na contaminação de território não só na Ucrânia mas também na Polónia, Bielorrúsia, Rússia e outros países.

Vincando que “Portugal apoia muito a nossa posição e expressa solidariedade, agora também pedimos uma assistência humanitária” porque, alertou, as forças militares ucranianas enfrentam agora “combates muito ferozes, nomeadamente na zona oeste da Ucrânia, perto da nossa capital”.

Esta situação significa que Putin usou os exercícios militares na Bielorrúsia como pretexto para enganar o mundo e depois invadir a Ucrânia. Gostaria de sublinhar que consideramos que esta ação, esta conduta do Putin, significa que ele é o Hitler deste século porque repete a história do Fascismo“, afirmou, dizendo ter informação de que o Kremlin tem “listas negras onde estão inscritas as pessoas que eles querem capturar e matar”.

Entre as pessoas que constam nessa lista, referiu Inna Ohnivez, estão “líderes de partidos políticos, pessoas pacifícas que querem viver em paz no nosso país”.

“Por que devemos sofrer com esta posição de Putin?”, deixou no ar a questão.

Um dia depois de ter sido recebida pelo Presidente Marcelo no Palácio de Belém, a embaixadora ucraniana em Portugal conversou com a SIC Notícias.

Capital ucraniana sob ameaça russa

As forças russas aproximaram-se hoje de Kiev e foram ouvidos tiros no centro da capital ucraniana, noticiou a agência norte-americana Associated Press (AP). O exército ucraniano admitiu que as tropas russas se estão a aproximar de Kiev de nordeste e de leste, segundo a agência France-Presse (AFP).

“Tendo sido empurrado para trás pelos defensores de Cherniguiv, o inimigo procura contornar a cidade para atacar a capital”, disse o comando das tropas ucranianas na rede social Facebook.

Os militares ucranianos disseram que um grupo de espiões e sabotadores russos foi visto num distrito nos arredores de Kiev e a polícia pediu às pessoas para não saírem de uma estação de metro no centro da cidade porque havia tiroteios na área, noticiou a AP.

O Ministério da Defesa ucraniano apelou aos civis para que peguem em armas.

Pedimos aos cidadãos que nos informem dos movimentos inimigos, façam ‘cocktails molotov’, neutralizem o ocupante“, pediu o Ministério nas redes sociais, citado pela AFP.

Um conselheiro do Presidente da Ucrânia disse hoje que Volodymyr Zelensky vai continuar na capital para “demonstrar a resiliência do povo ucraniano”, segundo a agência russa TASS.

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