Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia: “Há cidadãos portugueses que estão a ser vítimas desta agressão”

Augusto Santos Silva aborda o conflito russo-ucraniano e deixa mensagem aos portugueses residentes no país.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em entrevista à SIC, antecipa que Portugal defenderá mais sanções à Rússia no plano europeu, fala nas consequências económicas do conflito e apela aos cidadãos portugueses na Ucrânia que acompanhem as indicações da embaixada portuguesa em Kiev e as indicações das autoridades portuguesas.

Começa por referir que a reunião com o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro da Defesa Nacional, esta quinta-feira às 09:00, funcionará para “ter toda a informação sobre esta crise de segurança na Europa, as consequências para Portugal e para prepara a nossa intervenção no quadro da NATO e da União Europeia, nas reuniões de hoje.

“A intervenção no quadro da União Europeia far-se-á no Conselho Europeu, marcado para esta noite [de quinta-feira], de apoio a um novo pacote de sanções europeias contra a Rússia, com impacto forte na economia russa”, acrescentando que “será também de condenação firme desta agressão militar russa na Ucrânia”.

Aponta ainda que não se conhecem as contramedidas do lado russo, no entanto, destaca que “há cidadãos portugueses, nacionais portugueses e luso-ucranianos que, estando a viver na Ucrânia, estão a ser vítimas desta agressão”.

“As consequências desta crise internacional serão grandes”, e mesmo que Portugal tenha pouca dependências energética da Rússia, alega, “indiretamente, se os mercados de energia tiverem evolução negativa, isso poderá afetar-nos”.

No entanto, destaca que Portugal será, apesar de tudo, dos países menos afetados, “pois mais de metade da energia vem de fontes renováveis, a dependência de gás é quase nula e a de petróleo é bastante reduzida”.

Sobre os portugueses residentes na Ucrânia, a recomendação de Santos Silva é a de que “sigam as instruções e ordens das autoridades ucranianas e também as recomendações da embaixada de Kiev”, acrescentando que “a embaixada portuguesa está a funcionar em Kiev até ao limite do possível” e “a acompanhar […] os nossos cidadãos”.

“Respeitem as indicações das autoridades, protejam-se e recebam as informações e os contactos da nossa embaixada”, acrescentando que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, “foi claro para as pessoas procurarem ficar em casa e continuar calmas e tranquilas”.

“200 portugueses estão ainda na Ucrânia. 160 são luso-ucranianos, estão na sua pátria, e 40 são nacionais portugueses, incluindo diplomas, funcionários consulares e quem estiver destacado”, adiantam.

Desta forma, termina apontando que “temos de ter muita atenção” e apela, novamente, a que “todos se mantenham atentos aos contactos da embaixada e aos avisos e instruções das autoridades ucranianas”.

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