Guerra no Médio Oriente

Ponto final num dos conflitos mais mortíferos? Depende do Governo israelita

A espera angustiante pode estar prestes a acabar. Nas últimas horas, o Hamas disse que vai aceitar a mais recente proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, mas tudo depende do Governo israelita.

João Nuno Assunção

Pode ser o início do fim da tragédia que está em curso no Médio Oriente. O Hamas aceitou a mais recente proposta para um cessar-fogo de dois meses na Faixa de Gaza, mas tudo depende do Governo israelita.

Entre os escombros e as estradas enlameadas, os sorrisos de esperança não são ainda capazes de inverter um clima de medo.

Da zona no Norte do enclave estão a fugir dezenas de milhares de pessoas. Tentam escapar ao plano israelita para tomar a cidade de Gaza que foi descrita por Benjamin Netanyahu como o último reduto do Hamas.

A ofensiva foi aprovada há mais de uma semana pelo gabinete de segurança em Telavive. Deverá agravar ainda mais as já precárias condições de sobrevivência.

Esta segunda-feira, as autoridades palestinianas anunciaram a morte de mais cindo pessoas por mal nutrição. No mesmo dia, a Amnistia Internacional acusou o Governo israelita de estar a impor a política da fome.

A guerra que obliterou um território desencadeou este domingo em Telavive uma das maiores manifestações em quase dois anos. Os milhares que aderiram à greve geral apelaram ao fim da ofensiva e à libertação imediata dos reféns.

Hamas aceita proposta de cessar-fogo: o que está em causa

A espera angustiante pode estar prestes a acabar. Nas últimas horas, o Hamas disse que vai aceitar a mais recente proposta de cessar-fogo.

O documento que será agora enviado aos negociadores israelitas prevê uma trégua de 60 dias e a libertação de metade dos reféns.

Poderá servir de base a um futuro acordo que coloque um ponto final a uma das mais mortíferas ofensivas militares do mundo.

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