Pode ser o início do fim da tragédia que está em curso no Médio Oriente. O Hamas aceitou a mais recente proposta para um cessar-fogo de dois meses na Faixa de Gaza, mas tudo depende do Governo israelita.
Entre os escombros e as estradas enlameadas, os sorrisos de esperança não são ainda capazes de inverter um clima de medo.
Da zona no Norte do enclave estão a fugir dezenas de milhares de pessoas. Tentam escapar ao plano israelita para tomar a cidade de Gaza que foi descrita por Benjamin Netanyahu como o último reduto do Hamas.
A ofensiva foi aprovada há mais de uma semana pelo gabinete de segurança em Telavive. Deverá agravar ainda mais as já precárias condições de sobrevivência.
Esta segunda-feira, as autoridades palestinianas anunciaram a morte de mais cindo pessoas por mal nutrição. No mesmo dia, a Amnistia Internacional acusou o Governo israelita de estar a impor a política da fome.
A guerra que obliterou um território desencadeou este domingo em Telavive uma das maiores manifestações em quase dois anos. Os milhares que aderiram à greve geral apelaram ao fim da ofensiva e à libertação imediata dos reféns.
Hamas aceita proposta de cessar-fogo: o que está em causa
A espera angustiante pode estar prestes a acabar. Nas últimas horas, o Hamas disse que vai aceitar a mais recente proposta de cessar-fogo.
O documento que será agora enviado aos negociadores israelitas prevê uma trégua de 60 dias e a libertação de metade dos reféns.
Poderá servir de base a um futuro acordo que coloque um ponto final a uma das mais mortíferas ofensivas militares do mundo.