Guerra no Médio Oriente

Proposta para cessar-fogo em Gaza poderá servir de base a um futuro acordo

O documento, que recebeu luz verde por parte do Hamas e será enviado aos negociadores israelitas, prevê uma trégua de 60 dias e a libertação de metade dos reféns. 

João Nuno Assunção

O Hamas aceitou a mais recente proposta para um cessar-fogo de dois meses na Faixa de Gaza, mas tudo depende do governo israelita. 

A espera angustiante pode estar prestes a acabar. Nas últimas horas, o Hamas disse que vai aceitar a mais recente proposta de cessar-fogo. 

O documento, que será agora enviado aos negociadores israelitas, prevê uma trégua de 60 dias e a libertação de metade dos reféns. 

Poderá servir de base a um futuro acordo que coloque um ponto final a uma das mais mortíferas ofensivas militares do mundo. 

Ofensiva prossegue

Ao mesmo tempo, dezenas de milhares de pessoas, que habitam no Norte do enclave, tentam escapar ao plano israelita para tomar a cidade de Gaza, que foi descrita por Benjamin Netanyahu como o último bastião do Hamas.  

A ofensiva foi aprovada há mais de uma semana pelo gabinete de Segurança em Telavive e deverá agravar ainda mais as já precárias condições de sobrevivência. 

Esta segunda-feira, as autoridades palestinianas anunciaram a morte de mais cinco pessoas por malnutrição. No mesmo dia, a Amnistia Internacional acusou o governo israelita de estar a impor a política da fome. 

A guerra que obliterou um território desencadeou, este domingo, em Telavive, uma das maiores manifestações em quase dois anos.  

Os milhares que aderiram à greve geral apelaram ao fim da ofensiva e à libertação imediata dos reféns. 

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