Guerra no Médio Oriente

Netanyahu parece querer avançar com a ocupação de Gaza, maioria dos israelitas não concorda com decisão

A comunicação social israelita continua a dar como certa a intenção do governo de ocupar totalmente a faixa de Gaza, mesmo contra a opinião do chefe do estado-maior do exército israelita. Sondagens de opinião dão conta de que a maioria da população quer o fim da guerra e um acordo que permita o regresso dos reféns ainda vivos.

Miguel Franco de Andrade

São cada vez mais - e cada vez mais tensas - as manifestações de protesto contra as intenções do governo de Benjamin Netanyahu - que integra alguns dos partidos mais extremistas de Israel em ocupar totalmente a Faixa de Gaza. 

As sondagens de opinião dão conta de que a maioria dos israelitas exige o fim da guerra, que vê como único caminho para o regresso dos reféns. Estima-se que dos 50 que permanecem em Gaza, apenas 20 estejam ainda com vida.

Dos vários setores da sociedade israelita em protesto, também os artistas exigem o fim da guerra. O governo israelita insiste em expandir a guerra até à ocupação total de Gaza contra as chefias militares e os principais partidos da oposição.

Através do método mais eficaz de todos, por via aérea, continua a ser enviada ajuda internacional, uma gota no oceano de quem precisa de tudo num território onde a fome toma conta de todos os gestos diários. 

 Dos céus prosseguem também os bombardeamentos que matam a população civil. Os médicos sem fronteiras consideram que os pontos de distribuição de alimentos são locais de "assassinatos orquestrados" de palestinianos. 

A organização não governamental apelou ao encerramento da Fundação Humanitária de Gaza, a empresa privada controlada por Israel e os Estados Unidos que substituiu em maio as agências da Nações Unidas.

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