Guerra no Médio Oriente

"Quem está no abrigo não sofreu um único arranhão": correr para o subsolo é o novo dia a dia dos israelitas

Ao 11.º dia de guerra entre Israel e o Irão, os ataques com mísseis balísticos continuam a marcar o dia a dia israelita. O Irão lança dezenas de projéteis por dia, forçando a população a procurar refúgio, sobretudo durante a noite, mas também ao longo do dia. As universidades e escolas mantêm-se encerradas e a economia funciona a meio gás, numa tentativa de manter algum equilíbrio em tempos de conflito.

Henrique Cymerman

Felipe Wolokita

Cerca de 90% dos mais de 500 mísseis lançados foram intercetados pelos sistemas antimísseis israelitas, como a Cúpula de Ferro, o que tem evitado um número maior de vítimas. Ainda assim, os que escapam ao sistema de defesa provocam destruição.

Em Nes Ziona, a 30 quilómetros de Telavive, um míssil caiu diretamente sobre uma habitação onde estavam dois idosos e o cão. Sobreviveram ilesos graças ao abrigo subterrâneo. A casa ficou completamente destruída, com portas arrancadas e vidros estilhaçados, mas o refúgio salvou vidas.

Durante a gravação desta reportagem, o correspondente Henrique Cymerman e a sua equipa viveram um momento de tensão. Receberam um alerta da Proteção Civil: "Alerta máximo! Procurem abrigo imediatamente". Encontraram refúgio no abrigo da sinagoga local.

Se em Nes Ziona todos os mísseis foram intercetados, em Yavne, a apenas 10 quilómetros de distância, a sorte foi outra. Um dos projéteis atingiu um prédio residencial e provocou vários feridos. Mesmo perante o medo e a instabilidade, no abrigo da sinagoga tenta-se manter a moral elevada.

Últimas