No centro das preocupações da guerra lançada por Israel está o programa nuclear do Irão, que começou entre 2000 e 2003,em análise por Manuel Poêjo Torres.
"O plano é conhecido, é factual. A documentação afirma que o plano se chama Projeto AMAD e tinha como principal prioridade desenvolver uma capacidade militar nuclear".
Este plano foi travado e, entre 2003 e 2020, foram constituídos vários planos para tentar sancionar o Irão e condicionar um plano nuclear militar para um plano nuclear civil.
Mais tarde, o regime iraniano garantiu ao mundo que iria apenas investir num plano nuclear civil e que não tinha qualquer tipo de pretensão em desenvolver armas nucleares.
Mas desde 2020 até 2025 tem havido um crescimento enorme da produção: "um crescimento explosivo nos quilos de urânio 235 enriquecido, urânio enriquecido a 20%, que disparou de uma quantidade residual, perto de 20 quilos, para quase 1000 quilos; e urânio enriquecido a 60% ou mais".
Houve também uma evolução da instalação do número de centrifugadoras, nomeadamente avançadas, que são necessárias para fazer o enriquecimento do urânio acima de 60%.
"O Irão não está simplesmente a desenvolver energia nuclear para o seu programa civil (...) Enriquecimento de urânio para fins civis é de 3.67% (...) e neste momento existem várias centenas de quilos de urânio enriquecido acima de 20%".