Um dos principais alvos foi o complexo nuclear de Natanz, um dos mais importantes e modernos do programa de enriquecimento de urânio do Irão, explicou esta sexta-feira Manuel Poêjo Torres, na SIC Notícias.
"Não é o único, mas é um dos mais importantes. No subsolo há dois grandes complexos com milhares de centrifugadoras. Esses complexos foram destruídos", disse.
Segundo o comentador da SIC, os mísseis atingiram zonas de acesso à parte subterrânea do complexo, onde existiam milhares de centrifugadoras. E, embora o programa nuclear não tenha sido destruído por completo, os danos foram significativos.
"O Irão vai demorar muitos anos a recuperar [o programa nuclear], se é que alguma vez vai conseguir", continuou.
A operação envolveu mais de uma centena de aeronaves israelitas, incluindo caças F-35 e outras aeronaves furtivas, capazes de escapar aos radares. Israel não possui bombardeiros pesados, como os Estados Unidos, e, por isso, a precisão foi essencial para o sucesso da operação.
Outros alvos incluíram a região de Tabriz, no norte do país, onde estão localizadas bases de mísseis balísticos. Vários projéteis de médio e longo alcance foram destruídos, o que limita fortemente a capacidade de retaliação do Irão.
O comentador da SIC revela que o Irão já parecia antecipar o ataque israelita quando, há dois dias, ativou "contramedidas eletrónicas na zona da fronteira entre o Iraque e a Síria", uma das rotas mais prováveis para o ataque desta madrugada.