Guerra no Médio Oriente

Israel alarga operações terrestres na Faixa de Gaza

Os bombardeamentos das últimas horas vitimaram dezenas de pessoas. A par dos raides aéreos, Israel está a alargar as operações terrestres na Faixa de Gaza.

Cristina Neves

O mais alto dirigente político do Hamas foi morto num ataque em Khan Younis. Os bombardeamentos das últimas horas vitimaram dezenas de pessoas. A par dos raides aéreos, Israel está a alargar as operações terrestres na Faixa de Gaza.

O exército anunciou, este domingo, a conclusão do cerco a Tel al-Sultan, em Rafah que, tinha como objetivo eliminar terroristas e desmantelar infraestruturas na área.

Israel admite que pretende reforçar o controlo no sul de Gaza e alargar a área de segurança na zona que faz fronteira com o Egipto.

Antes da ofensiva terrestre foi dada ordem de evacuação no bairro de Tel al-Sultan. Milhares de pessoas foram obrigadas a deslocarem-se a pé, ao longo de uma única rota, para al-Mawasi,

Os ataques aéreos no sul da Faixa de Gaza mataram dezenas de palestinianos durante a noite, incluindo várias mulheres e crianças. A incursão terrestre estende-se a várias zonas do enclave.

As forças de defesa de Israel foram regressaram às áreas evacuadas durante a trégua com a missão de decapitar a estrutura do Hamas.

Desde que o cessar-fogo caiu por terra já foram eliminados vários dirigentes de topo do grupo islamista. Salah al-Bardaweel morreu na noite de sábado num ataque em Khan Younis que também vitimou a mulher.

O romper do cessar-fogo quando há ainda reféns nas mãos do Hamas pode ter custos para Benjamin Netanyahu.

A contestação à política do Governo transcende percepção de que os reféns estão a ser abandonados. Muitos israelitas encaram o regresso da ofensiva a Gaza como uma manobra do primeiro-ministro para se manter no poder e não se submeter aos processos que tem na justiça, fragilizando a democracia em Israel.

Últimas