As Nações Unidas calculam que mais de 375 mil palestinianos regressaram já esta semana ao norte da Faixa de Gaza. À chegada à maior cidade do território, arrasada por quinze meses de bombardeamentos israelitas, houve quem desse meia-volta.
Fahad, é por enquanto, uma exceção. A maioria dos recém-regressados ao norte de Gaza resolveu encontrar um lugar para viver, mesmo que precário, perto dos escombros da antiga casa.
Entre os israelitas, o dia trouxe a ansiedade pela próxima etapa do acordo. Foram divulgadas as fotos de três dos oito reféns que o Hamas promete libertar quinta-feira: duas militares e um idoso de oitenta anos. Os outros cinco cativos serão tailandeses que trabalhavam nos Kibbutz de Gaza.
Enviado dos Estados Unidos visita Israel
Em Israel, a tarde ficou ainda marcada pela reunião entre o enviado dos Estados Unidos ao Médio Oriente e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Steve Witkoff poderá ir esta semana a Gaza, onde o presidente Donald Trump defende a expulsão da população para os países vizinhos.
O Egito recusou já a proposta e mostrou-se disposto a relançar com Washington as negociações para o conflito israelo-palestiniano.
A vontade egípcia choca com o reforço das operações militares israelitas na Cisjordânia. O ministro da Defesa visitou as tropas que atacaram o campo de refugiados de Jenin. Defendeu a ocupação militar em nome da luta contra o terrorismo, que diz ameaçar os judeus na margem ocidental do rio Jordão.