Quatro mulheres israelitas, mantidas como reféns na faixa de Gaza, foram libertadas hoje pelo Hamas. Em troca, Israel vai libertar mais um grupo de prisioneiros palestinianos, no âmbito do acordo de cessar-fogo entre o grupo e Israel.
Henrique Cymerman explica que o Hamas alterou a lista dos reféns a libertar.
Havia uma civil que devia ter sido libertada, mas o Hamas não o fez porque deverá estar às mãos da Jihad islâmica e houve divergências entre os dois grupos palestinianos, explica Henrique cymerman.
Os 200 palestinianos a ser libertados por Israel estão condenados a prisão perpétua porque mataram centenas de israelitas desde a segunda Intifada dos anos 2000 e deverão ser deportados para o Qatar e para o Egito.
Cerca de 90 reféns israelitas ainda permanecem em Gaza, serão libertados a conta-gotas, diz Cymerman.
Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albagwill
Os nomes das quatro reféns que libertadas este sábado foram divulgados na sexta-feira pelo Hamas - Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albagwill - tem idades entre os 19 e 20 anos e fazem parte do exército israelita.
A primeira fase da trégua, que deverá durar seis semanas e começou no domingo passado, deverá permitir a libertação de 33 reféns detidos em Gaza em troca de um número muito maior de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.
Cessar-fogo arrancou a 19 de janeiro
A primeira fase do acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns em Gaza entrou em vigor no domingo, 19 de janeiro. No primeiro dia resultou na libertação de três reféns israelitas e de 90 prisioneiros palestinianos.
O ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 causou a morte de 1.210 pessoas do lado israelita, na maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
Das 251 pessoas raptadas nesse dia, 91 continuam reféns em Gaza, 34 das quais mortas, segundo o exército israelita. Outras foram dadas como mortas pelo Hamas, mas sem confirmação ou prova de vida.