Em Gaza, a libertação de três reféns israelitas pelo braço armado do Hamas reuniu centenas de pessoas na praça central da cidade. A multidão ansiosa, muitas vezes com telemóveis em punho para registar o momento, causou alguma confusão à volta do carro que as transportava. Do outro lado da fronteira, na Praça dos Reféns, em Telavive, uma multidão emocionada aguardava a confirmação da libertação.
O primeiro vislumbre das três reféns foi recebido com risos e lágrimas, marcando o fim de um calvário de meses para estas famílias, que lutaram contra o esquecimento.
O cessar-fogo também resultou na libertação de 90 prisioneiros palestinianos detidos em Israel, incluindo 69 mulheres e 21 adolescentes.
No cenário político, o acordo provocou divisões no governo israelita, com três ministros do partido de extrema-direita que apoiava o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a apresentarem a demissão.
Em Gaza, a trégua deu oportunidade a milhares de deslocados para regressarem aos locais onde antes estavam as suas casas. Muitos bairros foram destruídos pelos bombardeamentos, mas há quem encontre pequenos sinais de esperança na devastação.
Se tudo correr como previsto, as tréguas deverão estender-se por seis semanas, quando chega ao fim a primeira fase do acordo.