Guerra no Médio Oriente

Israel-Hamas: “Creio que há condições para que o executivo de Netanyahu aceite formalmente o cessar-fogo"

Israel anunciou esta sexta-feira que chegou a acordo como o Hamas depois do impasse. Para o comentador da SIC e jornalista da TSF, Ricardo Alexandre, há nesta altura condições para que o “executivo de Benjamin Netanyahu aceite formalmente o cessar-fogo e ele possa começar no domingo para que os reféns possam começar a ser libertados”.

Ricardo Alexandre

SIC Notícias

Depois de ter acusado o Hamas de recuar em pontos do compromisso, pondo em causa o cessar-fogo, Israel confirmou que o acordo vai mesmo para a frente. Para o jornalista da TSF e comentador da SIC, Ricardo Alexandre, há agora condições até porque “há apoio por parte de alguns partidos que em princípio poderiam estar mais contrários ao estabelecimento de um acordo com a Hamas”.

“Por exemplo, o partido do sionismo religioso, que é um partido de extrema-direita, mostra-se disposto a aprovar o acordo, mas coloca uma condição: que Israel regressa à guerra depois da primeira fase do acordo, ou seja, daqui a 6 semanas, para, no entender desta posição partidária, levar a cabo até ao fim os objetivos que se propôs no dia 8 de outubro de 2013 de acabar totalmente com a Hamas e não permitir que voltem a governar a faixa de Gaza”, explica.

O acordo prevê uma trégua de seis semanas, a libertação de 33 reféns israelitas em troca de centenas de prisioneiros palestinianos e, ainda, a retirada gradual das forças israelitas de Gaza. O cessar-fogo estava num impasse porque, por um lado, o Hamas queria que fossem libertados prisioneiros específicos, algo que Israel se recusava a fazer uma vez.

“Creio que há nesta altura condições para que primeiro o gabinete de segurança e depois amanhã o próprio executivo de Benjamin Netanyahu aceite formalmente o cessar-fogo e ele possa começar no domingo para que os reféns possam começar a ser libertados”.

Para o comentador da SIC, uma das razões para que acordo avance tem a ver com a pressão feita pelos Estados Unidos, “quer por parte da administração cessante (...) quer da parte do próprio Presidente eleito Donald Trump”.

O gabinete de segurança deverá reunir-se esta sexta-feira para aprovar o acordo.

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