No dia 7 de outubro de 2023, milhares de militantes do Hamas conseguiram cruzar a fronteira, até aí aparentemente impenetrável, entre a Faixa de Gaza e o sul de Israel. 1200 pessoas morreram, a maior parte civis, e 255 foram levadas como reféns.
15 meses depois, apesar da pressão dos familiares para um acordo que permitisse a libertação de todos os reféns, 98 ainda não regressaram a casa e 36 foram declarados mortos. O exército israelita demorou três dias a repelir o ataque que revelara uma vulnerabilidade que o país desconhecia.
15 meses depois, as comunidades do sul de Israel destruídas durante o ataque ainda estão por reconstruir e os sobreviventes não regressaram, como se o tempo tivesse parado no dia 7 de outubro.
Do outro lado da fronteira, na Faixa de Gaza, esse dia representou o início de um longo calvário para os cerca de 2 milhões de habitantes. Com as fronteiras fechadas, sem possibilidade de fuga, sem bunkers e totalmente dependente de ajuda exterior, a população passou a concentrar-se exclusivamente em sobreviver.
50 mil já morreram em Gaza
Bombardeamentos, corte de água e de energia, escassez de tudo o que é essencial. Bairros inteiros arrasados, a vida improvisada em tendas. A fome, o desamparo, a desesperança e o medo da morte tornaram-se diários num território onde metade da população ainda não tem 18 anos.
Nos últimos 15 meses, perto de 50 mil pessoas morreram em Gaza, milhares desapareceram debaixo dos escombros e o mundo deixou de conseguir ver as imagens.