Guerra no Médio Oriente

Tensão no Médio Oriente: Israel tem 60 dias para sair do Sul do Líbano

Com a trégua, o governo libanês espera recuperar o controlo da região fronteiriça. O movimento xiita aceitou retirar-se para norte do rio Litani, a 30 quilómetros da fronteira com Israel.

Aurélio Faria

No Líbano, está cumprido o primeiro dia de cessar-fogo entre o Hezbollah e Israel. Milhares de deslocados iniciaram o regresso ao sul, acompanhados pelas tropas libanesas que vão ocupar as áreas de fronteira.

O dia amanheceu calmo, sem explosões em Beirute e em toda a costa libanesa do Mediterrâneo.

Às primeiras horas da manhã, as colunas blindadas do exército libanês iniciaram a deslocação para o sul do país.

Os Estados Unidos e a França foram os mediadores do cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah que põe termo a um conflito de 14 meses e que provocou quase quatro mil mortos e um milhão de deslocados.

O acordo entrou em vigor às quatro horas da manhã. Recupera a resolução 1701 da ONU, assinada no final da guerra de 2006 e que nunca foi respeitada.

Com a trégua, o governo libanês espera recuperar o controlo da região fronteiriça. O movimento xiita aceitou retirar-se para norte do rio Litani, a 30 quilómetros da fronteira com Israel.

Com o fim da ofensiva, Israel declarou tolerância zero a qualquer violação do acordo que ameace os sessenta mil habitantes da fronteira norte do país.

Com a aceitação das tréguas, tanto o Hezbollah como Israel garantem que cumpriram os objetivos.

Na Faixa de Gaza, o Hamas reagiu já ao acordo no Líbano. Saudou a resistência do Hezbollah que levantou as armas contra Israel em solidariedade com a causa palestiniana.

Dos Estados Unidos, veio a promessa, repetida, da administração Biden, de relançar as negociações pelo fim da guerra em Gaza.

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