Guerra no Médio Oriente

Kamala Harris promete "pressionar" para acabar a guerra no Médio Oriente

Num comício em Atlanta, a candidata democrata mostrou-se confiante na vitória nas presidenciais do próximo mês e deixou duras críticas a Trump.

SIC Notícias

Kamala Harris promete continuar os esforços diplomáticos para pôr um ponto final na guerra em Gaza.

A candidata democrata às Presidenciais norte-americanas diz que a morte do líder do Hamas pode ser uma janela de oportunidade para consolidar um cessar-fogo.

Os ataques israelitas continuaram hoje, atingindo o campo de refugiados de Jabalia, o maior da Faixa de Gaza, e pelo menos 73 pessoas morreram num novo bombardeamento israelita à cidade de Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, "destruindo completamente um complexo residencial" e deixando vários civis feridos.

A chefe interina da ONU para a Ajuda Humanitária diz que os palestinianos estão a viver "horrores indescritíveis" no norte da Faixa de Gaza.

Kamala Harris diz que Trump “está focado em si mesmo”

A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata a Presidente, Kamala Harris, reconheceu que mudou de estratégia e aumentou os ataques ao rival republicano, o ex-presidente Donald Trump, que diz estar cada vez mais "desequilibrado".

Nos últimos comícios, a vice-presidente começou a mostrar vídeos de declarações de Trump sobre temas polémicos, como o acesso ao aborto, para atacar o republicano e desacreditar as suas propostas e, numa entrevista recente, ela chamou-o de "fascista".

"Está a tornar-se cada vez mais instável e desequilibrado e esta resposta é necessária", disse Harris a jornalistas antes de participar num evento de campanha em Detroit, Michigan.

O vice-presidente acrescentou que as pessoas "devem tomar nota" de que Trump é "um indivíduo que quer ser Presidente" e sublinhou que os cidadãos "merecem mais do que alguém que realmente parece instável".

A candidatura de Harris para substituir o Presidente Joe Biden despertou grande entusiasmo em agosto passado, mas a pouco mais de duas semanas para as eleições de 05 de novembro, o seu ímpeto parece ter diminuído e as sondagens dão resultados muito próximos nos estados oscilantes.

Os republicanos estão a conseguir corroer a imagem de Harris com uma campanha muito forte contra ela e a política de imigração do atual governo.

Trump elevou ainda mais o tom esta semana ao chamar os democratas de "inimigos internos" dos Estados Unidos.

Numa tentativa de revigorar o entusiasmo por Kamala Harris, os ex-presidentes Barack Obama (2009-2017) e Bill Clinton (1993-2001) juntaram-se à campanha nos chamados 'swing states', estados onde o voto não é garantido, e a ex-primeira-dama Michelle Obama vai aparecer pela primeira vez num comício da candidata na próxima semana.

A vice-presidente esteve hoje na cidade de Detroit para dar início à votação antecipada, que começou no estado-chave do Michigan, onde há uma grande população árabe muito descontente com a guerra na Facha de Gaza.

Harris disse reconhecer "a tragédia do que acontece em Gaza, com um número extraordinário de palestinianos inocentes mortos" e reiterou que a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, numa operação israelita, abre uma "oportunidade" para se chegar a um acordo para acabar com a guerra.

Dois outros estados oscilantes, Geórgia e Carolina do Norte, têm registado uma participação recorde durante vários dias de votação antecipada, algo que Harris celebrou.

"Ainda não tenho dados suficientes para dizer quem está a votar em quem ou para onde estão inclinados, mas acho ótimo que as pessoas saiam para irem votar e sejam ativas", disse aos jornalistas.

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