Guerra no Médio Oriente

Morte de Yahya Sinwar: ”Não se mata uma ideia acabando com o seu líder”

O comentador da SIC Germano Almeida considera que a morte do líder do Hamas não vai acabar com a guerra em Gaza nem "reduz o risco de Israel fazer uma confrontação direta com o Irão" após o ataque de 1 de outubro.

Germano Almeida

morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, era um dos objetivos concretos de Israel após o 7 de outubro de 2023.

Yahya Sinwar "foi o mentor do 7 de Outubro e é Yahya Sinwar que, depois da morte de Ismail Haniyeh, líder político mais global do Hamas em Julho passado, passou a ser também o líder global do Hamas. A 7 de Outubro, Yahya Sinwar era o líder do Hamas em Gaza, mais próximo das brigadas Al-Qassam, que perpetraram o 7 de Outubro", explica Germano Almeida.

"Alguém que pensou e mandou executar um ato absolutamente terrível, que matou mais de 1000 israelitas e raptou várias centenas, a verdade é que não deixa de ser um grande triunfo para Israel."

Vai acabar a guerra em Gaza? Ainda não. Netanyahu falou ontem no início do fim e não deixa de ser uma oportunidade para acelerar o fim da guerra.

"Não se mata uma ideia acabando com o seu líder, é a história dos movimentos terroristas que confrontam e atacam Israel historicamente".

Na história de 7 de Outubro, a eliminação de Sinwar era um dos objetivos concretos de Israel. A sua morte cria ao Hamas um problema de sucessão de liderança numa altura em que isso também acontece no Hezbollah, que viu as suas lideranças decapitadas.

"Neste momento Hamas e Hezbollah, os dois grupos terroristas que que estão a Norte e a sul em guerra com Israel têm esse problema de liderança".

No entanto, a morte de Sinwar em nada altera no Líbano nem na retaliação ao Irão que Israel tem para fazer depois do ataque de 1 de Outubro.

"A morte de Yahya Sinwar não reduz o risco de Israel fazer uma confrontação direta com o Irão".
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