Por causa do Orçamento do Estado, Luís Montenegro decidiu ficar em Lisboa e foi o ministro dos Negócios Estrangeiros a representar Portugal, ficando na 'fotografia' ao lado dos oito líderes do sul da União Europeia.
A ausência do chefe de Governo deveu-se à "conjuntura de apresentação do Orçamento, que, aliás, aqui toda a gente compreende", disse Paulo Rangel.
Em Chipre, mais próximos geograficamente de Israel e da tensão crescente no Médio Oriente, os nove países do sul condenam o ataque do Irão a Israel, mas também os disparos das forças israelitas que atingiram os capacetes azuis.
"Nós recusámos já várias vezes a exportação de armas para Israel", afirmou Paulo Rangel.
França e Espanha voltam, também, a insistir num embargo de armas a Israel.
É crescente a preocupação com o escalar de um conflito que os europeus não têm conseguido influenciar, apesar dos sucessivos apelos ao cessar-fogo em Gaza e no Líbano.
Em Pafos, os países do sul tentaram concertar posições sobre temas difíceis como o conflito no Médio Oriente e as migrações.
Sem soluções à vista, são questões que seguem agora para a mesa dos líderes europeus que se reúnem na próxima quinta-feira, em Bruxelas, mas aí Montenegro não poderá ser substituído por Paulo Rangel.