Guerra no Médio Oriente

"Não vou fugir, mesmo que morra em Gaza": há quem tente resistir à ofensiva de Israel

Quando se assinala o primeiro aniversário do massacre do Hamas, Israel intensificou a ofensiva aérea e terrestre na faixa de Gaza. Pelo menos 52 palestinianos terão morrido nas últimas 24 horas.

Rui Carlos Teixeira

Vítor Moreira

O campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, tem sido um dos alvos principais de Israel ao longo do conflito e voltou a sê-lo no primeiro aniversário do massacre do Hamas.

À chuva de rockets seguiu-se o cerco em terra, com tanques israelitas a avançarem no maior dos oito campos de refugiados, obrigando centenas a deixar tudo para trás. Mas há quem resista:

“Não vou para o sul de Gaza, mesmo que morra em Gaza, vou morrer na minha casa”, garante um popular, dizendo que “os que fogem continuam a ser bombardeamentos e atacados”.

Israel diz ter detetado terroristas e infraestruturas militares e garante que o Hamas está a reconstruir a capacidade operacional. É esta a justificação para o intensificar da ofensiva terrestre e aérea.

Em Khan Younis, houve nova ordem de evacuação. As colunas de fumo são a resposta israelita aos rockets lançados pelo Hamas contra Telavive.

Segundo as agencias internacionais, pelo menos 52 palestinianos terão morrido nos ataques das últimas 24 horas. Desde o escalar do conflito em outubro do ano passado, quase 42 mil perderam a vida e o número de feridos rondará os 100 mil. A guerra já fez mais de 2 milhões de refugiados.

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