Uma das surpresas do novo Governo é a criação de um superministério, que junta a pasta da Economia à da Coesão, que gere os fundos europeus. A fusão reforça, e muito, os poderes de Castro Almeida e marca a saída de Pedro Reis.
Pedro Reis não era dos ministros mais mediáticos, mas os empresários reconheciam-lhe qualidades.
A saída, por alegadas razões pessoais, não surpreendeu só as confederações patronais e, provavelmente, nunca saberemos se foi a causa ou a consequência da criação do novo superministério.
Junta as pastas dos fundos e da Economia e fica nas mãos de Castro Almeida, o, até agora, apenas ministro da Coesão.
Com a fusão deixa de ser preciso articular ministérios. Acaba a "dupla tutela", que, muitas vezes, emperrava a gestão dos milhões europeus e numa altura em que Bruxelas vai repetindo os avisos.
Mesmo dotado de superpoderes, Manuel Castro Almeida terá pela frente uma missão espinhosa a um ano do fim do prazo do PRR. Portugal ainda tem um terço dos investimentos em risco.