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"Operação cirúrgica que Costa ensaiou não vai resolver esta crise"

Numa entrevista à SIC Notícias, Paulo Rangel, eurodeputado e vice-presidente do PSD, considera que o caso Galamba é uma crise muito grave e o primeiro-ministro tem de dar esclarecimentos.

SIC Notícias

Após mais uma crise, o eurodeputado e vice-presidente do PSD, Paulo Rangel, comentou na SIC Notícias que a postura do primeiro-ministro António Costa não tem sido a melhor.

“Em primeiro lugar esteve três dias silente e três dias ausente. Aliás, ausente supostamente em férias, quando há uma crise grave um primeiro-ministro está sempre em funções e devia ter dado logo uma explicação. Esse é o primeiro ponto”, explicou.

Paulo Rangel defende que o ministro das Infraestruturas, João Galamba, “não tem quaisquer condições para se manter no cargo e o Governo está completamente esgotado”.

Primeiro-ministro tem de dar mais esclarecimentos

António Costa veio dizer que não tinha conhecimento das reuniões entre a ex-CEO da TAP e o antigo adjunto de Galamba, Frederico Pinheiro. Para o eurodeputado, o facto de vir dizer que não tinha conhecimento “exige mais esclarecimentos” por parte do primeiro-ministro, num contexto de “uma crise muito grave”.

“O que se passou dentro do Ministério das Infraestruturas é inenarrável, não tem qualquer paralelo na história política portuguesa e, portanto, está para lá de tudo aquilo que alguma vez seria pensável e isto está ligado, também, a várias questões que têm que ver com a própria posição do ministro das Infraestruturas”, disse.

Em mais um episódio da novela “TAP: O futuro e as polémicas” , o que parece ser mais evidente para Paulo Rangel foi a ida de António Costa a Belém e ficou entendido que “falaram durante o fim de semana, o que é um pouco indiferente”. Agora, depois do encontro entre o Presidente da República e o primeiro-ministro “veremos qual a posição” que vão tomar, mas para o eurodeputado “há uma coisa que é clara”.

“O ministro das Infraestruturas, João Galamba, não tem quaisquer condições para se manter no cargo, o Governo está completamente esgotado e, portanto, não será mais uma operação cirúrgica como aquela que tantas vezes António Costa ensaiou ao longo deste ano", concluiu.

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