CMVM reforça que Novo Banco deve compensar lesados do papel comercial do GES
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) reagiu à carta que lhe foi enviada na quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP) relativa ao problema do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) vendido aos balcões do Banco Espírito Santo (BES), considerando que o Novo Banco deve compensar os investidores.
Na missiva, cujo conteúdo chegou ao conhecimento público através da comunicação social, o governador do BdP, Carlos Costa, remeteu para a CMVM as queixas que tem recebido de clientes do GES lesados no papel comercial que foi vendido nas agências do BES a investidores de retalho.
"A CMVM entende - e já o transmitiu nos 'fora' e pelos meios próprios - que deverá haver lugar à adoção pelo Novo Banco de soluções de compensação dos investidores não qualificados vítimas das más praticas de comercialização de papel comercial GES vendido aos balcões do Banco Espírito Santo", lê-se num documento hoje enviado pelo supervisor do mercado aos investidores em papel comercial do GES.
A entidade liderada por Carlos Tavares reitera que, "face ao teor da informação divulgada [em meados de agosto pelo Novo Banco], entende que foram criadas expectativas jurídicas aos subscritores destes produtos, quanto à restituição do capital investido, suscetíveis de determinar ou de interferir com decisões quanto à manutenção ou não dos investimentos".
Lusa
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