Gaza

Primeiro-ministro israelita diz querer ajudar povo de Gaza contra "tirania do Hamas"

O primeiro-ministro de Israel disse hoje  nada ter contra o povo da Faixa de Gaza, acrescentando "querer ajudar" aquela  população palestiniana, que considerou estar "a sofrer sob esta tirania  de terror", em declarações à televisão Fox News. 

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© Siegfried Modola / Reuters

"Não estou certo de que a batalha tenha acabado. Acho que diminuímos  significativamente as capacidades deles (Hamas). Depende mesmo de eles quererem  levar a batalha em diante. Penso que temos de encontrar uma solução de paz,  se possível", disse Benjamin Netanyahu, admitindo poder haver ainda túneis  por descobrir e inutilizar debaixo da fronteira. 

Segundo Netanyahu, Israel não tem "nada contra o povo de Gaza" e o elevado  número de vítimas civis do lado da Palestina são "cruéis, mas não intencionais",  pois "Israel age assim, ataca os combatentes inimigos e, acidentalmente,  mata não-combatentes", contudo, justificou, "no caso de terroristas, é exatamente  ao contrário". 

"Na verdade, queremos ajudar o povo de Gaza, que está a sofrer sob esta  tirania de terror", sublinhou o líder do executivo hebraico. 

Netanyah alertou ainda os Estados Unidos para o "grande perigo" em que  consistem grupos ou nações terroristas, apoiados pelo Irão, com acesso a  armamento nuclear. "Imagine-se o risco que teríamos se eles pudessem colocar uma ogiva  nuclear naqueles mísseis ou 'rockets'. É esse o perigo que vem do Irão",  disse. 

O prazo do cessar-fogo de 72 horas no conflito na Faixa de Gaza, que  dura há um mês e incluiu ofensivas aéreas e terrestres por parte do exército  israelita naquele enclave, termina às 08:00 horas de sexta-feira. 

Um porta-voz do braço armado do partido palestiniano Hamas tinha afirmado  antes que, caso as pretensões do povo palestiniano não fossem atendidas  nas conversações que decorrem no Cairo, o movimento extremista estaria disposto  a continuar a combater. 

Até agora, depois do sequestro e assassínio de três jovens israelitas  na Cisjordânia, quase 1.900 palestinianos foram mortos nos "raids" das forças  hebraicas, além de perto de 10.000 feridos. 

Do lado de Israel, outros três civis perderam a vida devido aos morteiros  lançados do outro lado da fronteira, assim como 64 soldados, vitimados em  combate. 

 

     

 

Lusa

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