Numa declaração lida pelo seu porta-voz, Ban assinalou que a ONU não pode confirmar de forma independente os factos registados desde o início da manhã, mas manifestou-se "profundamente dececionado" e assegurou que os últimos acontecimentos suscitam dúvidas sobre a credibilidade das garantias fornecidas à ONU pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
Ban também se mostrou "muito preocupado" pelo reinício dos ataques israelitas durante a manhã, que segundo referiu já provocaram a morte de mais 70 palestinianos.
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou hoje o Hamas e outros grupos militantes de "violação flagrante do cessar-fogo".
O porta-voz do Hamas respondeu ao considerar "ter sido a ocupação (israelita) a violar o cessar-fogo. A resistência palestiniana atuou com base no direito à autodefesa".
As Nações Unidas têm apelado com insistência a um cessar-fogo humanitário, o enclave palestiniano alvo desde 08 de julho de uma ofensiva generalizada das Forças armadas israelitas que já provocou mais de 1500 mortos do lado palestiniano, a maioria civis, e ainda 63 soldados israelitas e três civis.
Lusa