Gouveia e Melo e António José Seguro criticam a estratégia do Governo para alterar as leis da imigração. Se fosse Presidente, o antigo chefe do Estado-Maior da Armada não vetaria, mas critica a prioridade e aponta erros, enquanto o antigo secretário-geral do PS diz que faltou ouvir toda a gente.
António José Seguro teme os resultados práticos das novas leis da imigração:
"Devem ter um princípio: promover a coesão social. Quando se mexe em leis que podem provoicar um deslaçar na nossa sociedade é bom que sejam mudadas com muito cuidado, envolvendo todaa gente, envolvendo todos os atores políticos", defende o socialista.
Foi uma forma indireta de criticar a atuação do Governo, que preferiu fazer um acordo com o Chega.
"O Chega tem de se moderar"
O atual Presidente da República ainda não decidiu o que fazer, mas Gouveia e Melo, outro candidato a Belém, não chumbaria as novas leis, contudo dispara vários tiros contra o Governo.
"Sem integração vamos criar um problema na nossa sociedade (...) Não vetaria num diploma que ajudasse a resolver problemas, no entanto julgo que a habitação e a saúde são problemas mais urgentes e que deveriam ter toda a atenção do Governo (...) É preciso ter cuidado que, por exemplo, na extradição, se quisermos devolver pessoas aos seus países de origem, há problemas legais e de diretos humanos que têm de ser considerados e não é de qualquer forma."
Essa rajada apanhou o Chega. O primeiro-ministro diz que está mais responsável, mas o almirante diz que é uma vontade para mais tarde.
“O Chega tem de se moderar, faz parte do processo de maturação dos partidos”, entende Gouveia e Melo.
O almirante finalmente afirmativo depois dum período do silêncio.
Como afirmativo é o antigo secretário-geral do PS a criticar as dúvidas do Partido Socialista sobre o futuro do próximo Orçamento do Estado.
As eleições são apenas em janeiro, mas todos vão controlando o tempo, incluindo o dos adversários.