Presidenciais

"Não precisamos de ordem, muito menos autoritária": o recado de Sampaio da Nóvoa para Gouveia e Melo

António Sampaio da Nóvoa não fecha a porta a nova corrida à Presidência da República e vai deixando frases que parecem ter como alvo o almirante que lidera as sondagens.

SIC Notícias

Depois do fracasso da primeira candidatura, António Sampaio da Nóvoa não descarta a possibilidade de voltar a candidatar-se à Presidência da República. Na cerimónia de jubilação, que aconteceu na quinta-feira, enviou recados que parecem ter como alvo o almirante Henrique Gouveia e Melo.

"Não é um assunto no qual eu penso, e muito menos algo em que esteja a pensar hoje. Hoje, não. Amanhã... quem sabe."

E, quando questionado sobre sondagens ou possíveis candidaturas, reforçou:

"Não faço a mínima ideia. É um assunto no qual não penso. Neste momento, o que me interessa é focar-me no que disse aqui hoje."

Apesar de negar uma nova candidatura "neste momento", Sampaio da Nóvoa aproveitou para traçar o perfil de um tipo de candidato que considera desnecessário para o país:

"Não precisamos de ordem, muito menos autoritária. Precisamos de liberdade e cidadania, de uma sociedade civil forte. Não necessitamos de quem queira pôr o país na ordem... não precisamos de guerra nem de espíritos bélicos. Precisamos de diplomacia e de paz."

Augusto Santos Silva junta-se ao debate. Num ensaio publicado no Expresso sobre o papel do Presidente da República, o ex-ministro e também possível candidato a Belém fez críticas ao atual mandato de Marcelo Rebelo de Sousa. No texto, questiona "de quem precisa o país neste momento" e responde com um perfil.

Segundo Santos Silva, o próximo Presidente deve ser um "democrata liberal, adversário de qualquer tipo de populismo e com sólida experiência política, tanto nacional quanto internacional." Rejeita perfis que se apresentem com uma "falsa roupagem de apolítico" ou como "salvadores, chefes ou profetas."

Os recados parecem ser direcionados ao almirante Henrique Gouveia e Melo, que aparece cada vez mais como uma figura na dianteira da corrida presidencial.

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