O Chega ultrapassou o Partido Socialista (PS) e tornou-se, após a contagem dos votos dos emigrantes nas eleições legislativas, a segunda força política com mais deputados na Assembleia da República.
Nos círculos da emigração, apenas a AD e o partido de André Ventura vão eleger deputados à Assembleia da República, relegando os socialistas para o terceiro posto no que toca aos partidos com mais deputados.
Em entrevista na Grande Edição, da SIC Notícias, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, referiu que este resultado veio confirmar o péssimo resultado do PS nas últimas legislativas.
"Este voto [nos círculos da emigração] era algo que se previa e veio acrescentar a um resultado péssimo do Partido Socialista nestas últimas legislativas. Eu há um ano e meio avisei que as pessoas estavam cansadas e o PS teve a oportunidade de inverter a bússola a situação e não a inverteu", começou por dizer o autarca socialista.
Para Leão, o partido tem "de se desligar de uma esquerda wokista" e precisa de se "recentrar no combate ao populismo", resolvendo os problemas das pessoas.
"A imigração entrou no país sem qualquer controlo"
O autarca de Loures abordou também a questão da imigração, afirmando que o país não estava preparado para algo que criou pressão em vários setores da sociedade.
"A imigração entrou no nosso país sem qualquer controlo. Veio criar pressão na Saúde, Educação e o país não estava preparado", apontou.
"Pedro Nuno rodeou-se muito mal"
Ricardo Leão disse ainda que ficou espantado pelas críticas que recebeu de alguns camaradas por defender direitos e deveres iguais para todos, acrescentando que Pedro Nuno Santos "rodeou-se muito mal".