Desde a festa de aniversário que a AD não sentava militantes à mesa para um comício com jantar. À distância de uma semana e de um entusiasmo de quem então já projetava oito anos e agora estreitou a perspetiva.
“Deixem-nos trabalhar quatro anos e no fim seremos julgados por isso”, disse Luís Montenegro.
A julgar pela reação da sala, Nuno Melo ficará pelo bom esforço. Tentou que na plateia se gritasse pela AD, mas a tarefa não foi bem concluída.
Meio pavilhão da Expoeste, que já tinha recebido a ministra da Juventude, que este distrito de Leiria candidata, e que a poucos terá dito muito o que ensaiou para defender o voto útil.
“Nesta altura do campeonato esse voto noutros partidos com quem até temos algumas afinidades reduz as hipóteses de termos um primeiro-ministro competente”, afirmou Margarida Balseiro Lopes, cabeça de lista da AD por Leiria.
Luís Montenegro também gostaria de dispensar a Iniciativa Liberal e preferir ver a realidade alternativa.“Pelo calor, pela energia, pelo entusiasmo, pela alma que se respira e se sente nesta sala”, afirmou o líder da AD.
No último dos jantares desta campanha, num palco onde, no ano passado, galvanizou Paulo Portas que, desta vez, não apareceu. Nem Portas, nem ninguém. Não houve um único convidado, barões ou senadores a discursar num comício da AD nesta campanha.
Luís Montenegro é ele próprio na dramatização do voto útil. “A opção é só uma. É entre o voto na AD ou voto num outro partido qualquer que só serve para deitar para baixo. O único voto útil à estabilidade em Portugal é o voto na AD. É o único voto útil à estabilidade”, frisou.