O frente a frente com Luís Montenegro está agendado para esta quinta-feira na SIC, mas André Ventura já vai ensaiando em público soundbites para marcar o debate: "Saia-me só da frente e deixe-me ser primeiro-ministro".
Na apresentação do programa eleitoral, André Ventura recupera a história do jovem de 19 anos morto em Braga para insistir numa das propostas do Chega sobre imigração.
"Nós faremos aprovar a 'Lei Manu' e porquê? Porque a 'Lei Manu' dirá isto a todos os imigrantes que estiverem em Portugal: quando cometerem um crime, acontecerão duas coisas: pagarão o preço da sua liberdade e serão colocados na prisão durante várias, senão muitas décadas. Quando terminarem o tempo de prisão, não ficarão nem mais um segundo nesta terra e serão devolvidos à sua terra", frisa.
O programa eleitoral diz o contrário. No ponto 117 da página 60, o Chega propõe que os imigrantes que cometam crimes em Portugal sejam imediatamente reencaminhados para o país de origem, ou seja, propõe que a pena não seja cumprida em Portugal.
No capítulo das pensões, volta a propor uma pensão mínima equivalente ao salário mínimo, que terá um custo que pode chegar aos 7 mil milhões de euros.
O programa eleitoral do Chega apresenta, pela primeira vez, um cenário macroeconómico que prevê um abrandamento do crescimento da economia para os 2,0% em 2029, uma redução da dívida pública nos próximos quatro anos e um excedente orçamental ao longo da legislatura, exceto em 2026, onde as contas do partido preveem um saldo orçamental de zero.