Luís Marques Mendes entende que é necessário tentar uma união entre o PS e o PSD, mas esclarece que não se trata de um Bloco Central, mas sim de algo que “nunca aconteceu em Portugal”.
À margem da cerimónia dos15 anos dos serviços partilhados do Ministério da Saúde, esta quarta-feira, o candidato à Presidência da República referiu que “é uma pessoa de fé e esperança” e, por isso, acredita que “é necessário ter esperança” de que um acordo entre as duas principais forças políticas.
Para tal, propôs algo que "nunca aconteceu em Portugal":
"Um conjunto de princípios, são três apenas, para garantir que um governo minoritário, seja de que partido for, consegue governar. Depois, as políticas são da responsabilidade de cada um."
Ainda esta terça-feira, mas no Parque das Nações, onde decorre a Futurália, Marques Mendes deixou um conjunto de avisos sobre a futura conjuntura política em Portugal pós-eleições legislativas antecipadas de 18 de maio: "Se não continuarmos a ter estabilidade no futuro, estes resultados não se conseguem consolidar".
"Ou os portugueses dão votos suficientes a um partido para dar condições de estabilidade, ou então a solução que proponho, em caso de governos minoritários, é muito construtiva", advogou.
"Há duas formas de garantir estabilidade"
O ex-comentador da SIC afirmou também que os portugueses "não podem passar a vida em eleições de ano a ano" e acrescentou que "há duas formas de garantir a estabilidade":
"Uma é os portugueses, nas eleições, darem condições reforçadas a um partido, ou do centro-esquerda, ou do centro-direita, para governar com estabilidade", apontou.
A outra forma, segundo o antigo presidente do PSD, é que, se houver um Governo minoritário, então "os dois partidos do arco da governação, comprometerem-se a não apresentar moções de censura, moções de confiança e a negociar os orçamentos".
Com Lusa