Eleições Legislativas

Montenegro pronto para governar "com responsabilidade" e sem Chega

O líder da AD diz a Marcelo que está pronto para ser primeiro-ministro e garante que não faria "a maldade" de voltar atrás com a palavra dada no que ao Chega diz respeito.

Carolina Rico

Luís Montenegro garante que está pronto para governar e apela ao sentido de responsabilidade dos restantes partidos com assento parlamentar. Juntar-se ao Chega continua fora de questão.

Foi o último a discursar. O líder do PSD surgiu ao lado de Nuno Melo e Gonçalo da Câmara Pereira para declarar vitória da AD.

“A AD ganhou as eleições e o partido socialista perdeu as eleições”, destaca. Os portugueses votaram pela “mudança”, de Governo e de políticas.

Apesar de estarem por apurar os círculos do estrangeiro, o PSD, com apoio do CDS e PPM, alcança mais 200 mil eleitores e mais mandatos, nota Luís Montenegro. Por isso mesmo, Marcelo Rebelo de Sousa tem todas as condições para viabilizar um governo da AD, defende.

“É minha expectativa fundada que o Presidente da República, depois de ouvir os partidos, me possa indigitar para formar governo.”

Assumindo “a principal responsabilidade”, Montenegro exige também aos outros partidos que respeitem a vontade dos portugueses.

'Não é não' para o Chega?

Em resposta às perguntas dos jornalistas, o social-democrata assegurou, por outro lado, que continua a não estar aberto a acordos com o Chega.

“Naturalmente que cumprirei a minha palavra (...) não faria à democracia tamanha maldade que seria não assumir compromissos que assumi de forma tão clara.”

“É com elevado sentido de responsabilidade que irei dar nota da nossa pré-disposição para governar”, reforçou. “Da nossa parte não falharemos a Portugal.”

“Sabemos que o desafio é grande, sabemos que vai exigir grande sentido de responsabilidade a todos, sabemos que vai exigir da nossa parte – e da minha em particular – grande capacidade de diálogo e tolerância democrática, mas, em respeito pela vontade livre do povo português temos de dar ao país novas políticas e cumprir a base do programa que foi hoje sufragado.”

Montenegro acredita que a economia “pode crescer mais”, e que é possível “pagar melhores salários”, conseguir que jovens não tenham de emigrar, baixar a carga fiscal e “proteger” os idosos.

O social-democrata promete ainda implementar “um programa de emergência” na área da saúde nos primeiros 60 dias de governo, “dar estabilidade à escola publica”, “não agravar mais” o aumento de preços, dar melhores condições de trabalho às forças de segurança, mudar o sistema de justiça e combater a corrupção, assim como “restabelecer o prestígio das instituições.

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