Eleições Legislativas

Ventura: "Quem não levar a sério aviso dos portugueses será internado e exilado"

O líder do Chega nega estar a pedir coligações e justifica que os portugueses é que pedem uma maioria à direita, num Governo composto pelo PSD e o seu partido.

Inês de Oliveira Martins

A repórter da SIC, Inês de Oliveira Martins entrevistou André Ventura neste penúltimo dia de campanha eleitoral e as ambições do líder do partido continuam a ser altas. No entanto, existem garantias dadas que continuam sem "dono".

"Temos muitas forças vivas do PSD, optei por não dizer na altura quem mo disse e não o vou fazer agora. Não devo comprometer, porque não me autorizaram a fazê-lo. Podem votar na direita com convicção porque vai haver um Governo à direita", respondeu André Ventura, retraindo-se, de novo, sobre quem é que lhe garantiu uma coligação com os sociais-democratas.

Por isso, por agora, pede apenas que "os portugueses acreditem" na sua palavra e realça que "se não houver acordo" todos serão penalizados porque haverá uma situação de ingovernabilidade.

"Eu ou quem estiver à frente do PSD na altura, seremos os principais responsáveis, o país não perdoará que a direita tenha maioria parlamentar e não a saiba utilizar", afirmou.

Em 2019, conforme relembrou a repórter da SIC, André Ventura fez uma publicação onde escreveu que se alguma vez implorasse por coligações e ninguém lhe ligasse nenhuma, que o internassem. Mas, nas últimas semanas, já se mostrou disponível variadas vezes e sempre sem resposta favorável.

"Não sou eu que estou a dizer que quero, são os portugueses, eu preferia governar sozinho. Os números estão aí e os portugueses preferem um governo de convergência", justificou.

Para André Ventura, "os eleitores estão a dizer: entendam-se, construam um Governo, quem não levar a sério este aviso dos portugueses é que vai ser internado vai ser exilado porque os portugueses não querem mais maiorias absolutas".

Por fim, o termo "vitória" no dia 10 de março é difícil de estabelecer, mas ficar igual ou abaixo de 2022 seria uma verdadeira derrota para o líder do Chega.

"É difícil, queremos vencer estas eleições. Qualquer resultado que não seja vencer ficará aquém. Qualquer resultado que fosse igual ou abaixo do que tivemos em 2022 seria uma enorme derrota. Pelo menos, quero dobrar o resultado de 2022, abaixo disso é aquém e ser o partido que mais cresce nestas eleições", terminou.

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