O presidente do PSD voltou a dizer que, se for eleito primeiro-ministro, não vão existir cortes nas pensões em Portugal, afirmando ainda que se sente obrigado a vencer as eleições legislativas.
"Vou-vos dizer aqui uma coisa que nunca disse na campanha, vou-vos dizer aqui pela primeira vez, para ser muito claro sobre isso: se eu algum dia tiver de cortar um cêntimo numa reforma, demito-me", declarou Luís Montenegro.
Esta promessa foi feita durante uma ação de rua da Aliança Democrática em Portalegre, perante quatro ex-operárias têxteis reformadas que estavam sentadas à mesa de um café, que o presidente do PSD procurou convencer a não temerem novos cortes nas suas pensões.
Montenegro recordou que Passos Coelho "não roubou nada", argumentando que o ex-primeiro-ministro "foi obrigado a fazer isso", que aquele Governo "apanhou a bancarrota" e conseguiu recuperar a situação do país.
Focando-se no futuro, Luís Montenegro repetiu que "podem ter a certeza absoluta" de que se for primeiro-ministro não fará cortes nas pensões: "É uma promessa de honra minha, podem estar mesmo despreocupadas. E, por mais que os nossos adversários vos tentem dizer isso para vos assustar, não acreditem. É palavra de honra, mesmo".
"O que foi feito naquele período foi feito depois de o PS ter assinado um compromisso em que aquilo tinha de se fazer. É só isso que eu queria que vocês percebessem. Não foi por vontade, foi mesmo por obrigação", sustentou, acrescentando: "Mas nós agora estamos a olhar para a frente, não estamos a olhar para trás".
Depois deste diálogo, interrogado pela comunicação social se está arrependido de ter trazido Passos Coelho para a campanha, o presidente do PSD negou: "Era o que faltava. Não, de maneira nenhuma".
Segundo Luís Montenegro, a reconciliação com os idosos "está em curso".
"Há efetivamente uma perceção errada relativamente àquilo que foram os últimos anos [de Governo PSD/CDS-PP], em que os portugueses foram obrigados, pelo trabalho do PS no Governo, que deixou Portugal numa situação em que não havia dinheiro para pagar nem salários nem pensões. E as pessoas têm ainda esse tempo um bocadinho na sua memória, e é preciso esclarecê-las e dizer-lhes que nós estamos noutra fase, estamos a olhar para o futuro", considerou.
Com LUSA